quinta-feira, 10 de abril de 2014


Sob a orientação da professora de história, Tammy Lucena, fomos o grupo encarregado de explanar sobre o papel da mulher na antiguidade clássica e atual. Nosso grupo, formado por Beatriz Oliveira, Gustavo Lei, Igor Martins, Leonardo Hiey, Lucas Andrade, Nathália Vargas, Pedro Del Greco e Thamires Braga, dividiu as tarefas e todos obtiveram participação do mesmo.
Esperamos que nosso trabalho sirva de ajuda ou para o aprimoramento de quem o consultar. Boa leitura!

O assunto mulher sempre foi polêmico. Cheio de lembranças, histórias e atitudes que vez por outra insistem em permanecer.
A sociedade antiga foi imposta por profundo machismo. Tanto que podemos comparar, talvez, a mulher como um escravo da antiguidade.

Pouco embora o mundo vivenciou um período rigorosamente voltado ao homem, e oprimindo a mulher, isso nem sempre foi assim. Na sociedade grega primitiva, a mulher era extremamente venerada.
Ao passo que o homem se entregava à caça, a mulher não só educava as crianças, esses "rebentos" do homem, de crescimento tão lento, como domesticava os animais selvagens, recolhia as ervas salubres, velava pelas preciosas reservas do lar. Em contato estreito com a vida da natureza, era ela que detinha os primeiros segredos que lhe eram arrancados, ela também que fixava os tabus que a tribo devia respeitar para viver.

 Tudo isto anteriormente mesmo à instalação do povo grego na região que tomou o seu nome. A mulher, no casal, tinha a igualdade e mesmo a primazia. Aliás, nem sequer se pode falar de casal: não havia então casamento monogâmico, mas uniões sucessivas e temporárias, nas quais era a mulher que escolhia aquele que lhe daria um filho.

Quando os Gregos invadiram, em vagas, o sul da península dos Balcãs e a costa asiática do Egeu, encontraram populações que viviam, na maior parte, sob o regime do matriarcado. O chefe de família era a mãe - amater familias - e os parentes contavam-se segundo a linha feminina. As maiores divindades eram divindades femininas, que presidiam a fecundidade.

 Os Gregos adotaram duas delas, pelo menos: a Grande Mãe, ou Cibele, e Demeter, cujo nome significa Terra Mãe ou Mãe das Searas. A importância do culto destas duas deusas, na época clássica, lembra a preeminência da mulher na sociedade grega primitiva.
A literatura grega conserva um grande número de lendas em que a mulher é pintada com as mais belas cores. Sobretudo a literatura mais antiga. Andromaca e Hecuba na Ilíada, Penélope na Odisseia,

Tudo é diferente na democracia ateniense e, de um modo geral, na região jônica. É verdade que a literatura guarda a imagem de belas figuras femininas, mas os cidadãos atenienses só aplaudem Antígona e Ifigênia no teatro. A literatura começa a apresentar uma imagem deformada da mulher.
O poeta Simonides de Amorgos que, num poema tristemente celebre, injuria grosseiramente as mulheres, a quem classifica pedantemente em dez categorias, usando de comparações animais e outras.

"Há a mulher que vem da porca: Tudo é desordem na sua casa, tudo rola de mistura no chiqueiro, ela própria não se lava, traz as roupas sujas e, sentada no seu próprio esterco, engorda" Há a mulher-raposa, toda manigâncias, a mulher tagarela e coscuvilheira que, filha da cadela, ladra sem parar e a quem o marido não pode fazer calar, mesmo partindo-lhe os dentes a pedrada. Há a mulher preguiçosa, tão lenta a mexer-se como a terra donde provém; e a filha da água, leviana e caprichosa, ora furiosa e arrebatada, ora meiga e risonha como o mar num dia de Verão. A mulher-burra, teimosa, glutona e debochada; a mulher-doninha, maligna e ladra. Há a mulher-egua: demasiado orgulhosa para sujeitar-se a qualquer trabalho, recusa-se a deitar às varreduras para fora de casa; vaidosa da sua beleza, banha-se duas ou três vezes por dia, inunda-se de perfumes, enfia flores nos cabelos, admirável espetáculo para os outras homens, flagelo para o seu marido. Há a mulher-macaca, de fealdade tão repelente que temos de lamentar ,o desgraçado marido que a aperta nos seus braços".

Esta poesia, brutalmente anti-feminina, reflete a mudança profunda que, dos tempos primitivos aos séculos históricos, se realizou na condição da mulher.

O casamento monogâmico foi instituído posteriormente e, ao instalar-se, não favoreceu a mulher. O homem é agora o senhor. A mulher nunca escolheu e a maior parte das vezes não viu sequer nunca o futuro marido. O homem casa-se apenas para a procriação de filhos legítimos. O casamento de amor não existe. 
 O casamento é um contrato que obriga apenas uma das partes. O marido pode repudiar a mulher e ficar com os filhos, sem outra formalidade senão uma declaração perante testemunhas, com a condição de restituir o dote ou de pagar os respectivos juros. O divórcio pedido pela mulher muito raramente resulta, e só em virtude de uma decisão judicial motivada por sevicias graves ou infidelidade notória.

A condição da mulher é, pois, na sociedade antiga, uma chaga tão grave como a escravatura. A mulher excluída da vida cívica invoca, como o escravo, uma sociedade, uma civilização que lhe restitua a igualdade dos direitos com o outro sexo, que lhe restitua a sua dignidade e a sua humanidade.

E eis também porque foi entre as mulheres - já o disse -, tanto como entre os escravos, que o cristianismo se espalhou. Mas as promessas do cristianismo primitivo - promessas de libertação da mulher e do escravo - só imperfeitamente foram cumpridas. 

Já na atualidade, a mulher adquiriu alguns direitos, os quais foram permitidos após inúmeras e incontáveis discussões através dos anos.

A partir de 1932, as mulheres brasileiras puderam votar efetivamente, mesmo a Proclamação da República tendo sido proclamada em 1889. Contudo, como até mesmo a sociologia analisa, as mulheres eram vistas somente como donas de casa, que tinham obrigações no lar, e ainda hoje, mesmo com muitas inseridas no mercado de trabalho, ainda há um certo prejulgamento de que além do trabalho fora de casa, os afazeres internos, como também a educação de seus filhos, é de obrigação feminina.

Dentro do mercado de trabalho, ainda há diferença no piso salarial, mesmo que pessoas do sexo feminino e masculino ocupem o mesmo cargo, algo que muito gera discussão, afinal, todos merecem ter voz e igualdade.

E cada vez mais, a mulher conquista seu espaço na sociedade, pois com as novas tecnologias, o trabalho braçal já não é uma desculpa para os homens permanecerem no poder, ocupando-se a mulher de cargos que exigem mais intelectualidade do que força.

A grande questão é: as mulheres do século XXI devem, cada vez mais exigirem seus direitos e irem atrás de uma justa posição social, porque, já adquiriram grandes vitórias, porém ainda se tem muito a fazer. Só não pode-se deixar o sistema onde uma pouca maioria tem poder vir á tona, pois um lugar onde todos tem opinião, é muito melhor de se viver.

Fontes utilizadas:

http://www.historia.templodeapolo.net/
http://www.brasilescola.com/sociologia/o-papel-mulher-na-sociedade.htm

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