quarta-feira, 16 de abril de 2014

Democracia e República (antiga e atual)

A democracia Ateniense

 A história da democracia pode ser compreendida por uma série de transformações sofridas pela sociedade, e economia ateniense.
Até os séculos VII e VI, o poder político ateniense era controlado por uma elite detentora de terras férteis onde eles eram conhecidos como os “bens nascidos”.
À medida de que os “bem nascidos” atenienses tornavam-se donos da maior parte das terras cultiváveis, os pequenos proprietários empobreciam e suas dívidas aumentavam. Então, os ricos passavam a se apoderar dos próprios devedores, fazendo-os escravos. Diante dos abusos da nobreza, muitos demiurgos (que eram os comerciantes, artesãos e camponeses que queriam participar do poder politico), começaram a exigir reformas sociais.
Nos séculos VII e VI a.C., surgiram importantes pessoas dentro da politica , como: Drácon , que impôs leis escritas acabando com as guerras entre famílias por vingança, e Sólon, que acabou com a escravidão por divida e permitiu que os demiurgos participassem de uma certa forma , das decisões politicas de Atenas . Tais reformas abriram caminho para a democracia ateniense.
O criador da democracia em Atenas foi Clístenes. Ele aprofundou as reformas e introduziu o regime democrático, cujo princípio básico dizia que "todos os cidadãos têm o mesmo direito perante as leis”.
Mas, havia um problema... Na democracia ateniense apenas os eupátridas, que constituíam 10% da população, eram considerados cidadãos. Vale lembrar que só era considerado cidadão: homens maiores de 18 anos, com pais nascidos em Atenas. Consequentemente, os 90% restantes da população não tinham direitos políticos, sendo excluídos da vida democrática. Apesar de todos esses problemas, já foi um grande avanço para o povo de a época participar da política.



A democracia Atual

Apesar de estarmos no século XXI, à palavra democracia , como sabemos ,veio da Grécia Antiga e tem um significado de: “governo vindo do povo” (demo=povo e kracia=governo). Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas e é utilizado até os dias atuais. Embora tenha sido o berço da democracia, nem todos podiam participar. Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade. Portanto, esta forma antiga de democracia era bem limitada.
Atualmente a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa.
Existem várias formas de democracia na atualidade, porém as mais comuns são: direta e indireta.
Na democracia direta, o povo, através de plebiscito, referendo ou outras formas de consultas populares, pode decidir diretamente sobre assuntos políticos ou administrativos de sua cidade, estado ou país. Não existem intermediários (deputados, senadores, vereadores). Esta forma não é muito comum na atualidade, pois não daria certo, cada um dando sua opinião na politica.
Na democracia indireta, o povo também participa, porém através do voto, elegendo seus representantes (deputados, senadores, vereadores) que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram. Esta forma também é conhecida como democracia representativa uma forma de governo muito utilizada nos países de hoje.
Algumas diferenças entra a democracia ateniense e atual, são bem claras, como por exemplo:
As eleições na democracia ateniense eram diretas, existia a escravidão na época, nem todos eram considerados cidadãos. E hoje algumas coisas mudaram, como por exemplo: temos eleições indiretas, não existe mais a escravidão e todas as pessoas são consideradas cidadãos.



 A república romana

Durante o período republicano, Roma, em apenas três séculos, de uma pequena cidade transformou-se no maior império da Antiguidade. Os romanos iniciaram suas conquistas pela própria Península Itálica. No século III a.C., toda essa região já havia sido dominada. Roma começa, então, uma série de guerras, que culminam com a conquista de todas as terras que circundam o mar Mediterrâneo.
Dois fatos importantes marcaram o período republicano de Roma: a luta dos plebeus para conseguirem igualdade de direitos com os patrícios e a formação do grande Império Romano, através das conquistas militares.
Com a instalação da República, os patrícios romanos montaram toda uma organização social e administrativa para exercer domínio sobre Roma e desfrutar os privilégios do poder. Eram eles que controlavam a quase totalidade dos altos cargos da República.
A organização era feita com os seguintes cargos:

Consulado: composto por dois cônsules eram escolhidos pela Assembleia Centurial. Deveriam ser patrícios e referendados pelo Senado. Desempenhavam as funções de chefes de Estado.
Ditadura: na época de guerra, os cônsules eram substituídos por um ditador. Os ditadores eram escolhidos para um mandato de seis meses, com plenos poderes em caso de graves crises.
Senado: na República, continuou a ser o mais importante poder de Roma. Formado pelos velhos patrícios com mandato vitalício; controlava as finanças e decidia pela guerra.
Assembleia Centurial: era integrada pelos militares, agrupados unidades do exército. Composto por patrícios e plebeus, votava as leis que vigoravam em Roma, elegiam os censores, os cônsules e os pretores, além de resolver as apelações de cidadãos contra as decisões dos magistrados. As centúrias patrícias eram em número superior às centúrias plebeias.

Assembleia Curiata: cuidava dos assuntos religiosos. Além dos cônsules, a Assembleia Centurial elegia vários magistrados, que, em geral, tinham mandato de um ano. Os principais cargos da magistratura eram:
Pretores: administravam a justiça.
Censores: Contava e identificavam a população.
Questores: administravam as finanças e cobravam os impostos.
Edis: cuidavam da conservação da cidade.
Pontífice: chefiava os cultos religiosos.

A República no Brasil :

O Brasil é uma República federativa, formada pela união dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Constitui-se em estados democráticos de direitos e tem como fundamentos: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho.
O sistema de governo é o presidencialismo, ou seja, o Presidente da República executa as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo simultaneamente.
Como em Roma, temos os mesmos poderes da união, mas que hoje recebem outros nomes, fazendo os mesmos trabalhos no governo. Alguns poderes são: o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário, já quem faz o papel dos censores, é o CENSO (órgão que faz o levantamento de dados sobre a população. Então, podemos dizer que a  principal diferença, é que naquela época a chamada "república" não tinha uma "constituição" com um "código de leis" defendendo o "cidadão" e garantindo os seus direitos. Além do mais, Roma era uma civilização, onde os que não eram escravos, também quase não possuíam "direitos", se não tivessem dinheiro para garanti-los.

Fontes : http://www.historiamais.com/republica_romana.htm 
http://www.infoescola.com/grecia-antiga/democracia-ateniense/



terça-feira, 15 de abril de 2014

Cultura Greco-romana.

Bom, com base nas orientações da Professora Tammy e nossos estudos, pesquisas e debates
em sala nosso grupo ficou responsável por falar um pouco da cultura Greco-Romana. Vamos lá!

Atualmente a historiografia compreende dois modelos distintos de organização social: o modelo ocidental e o modelo oriental. O qual nos vivemos é o chamado ocidental, essa divisão serve para caracterizar duas formas de se entender os seres humanos. Esse modelo teve seu inicio entre os anos 3 mil e 2 mil antes de cristo, na região da península balcânica. Essa região passa a receber a entrada de dezenas de povo das regiões orientais, como por exemplo, os Aqueus, Jônios e Dóricos (que vimos em Arte) que iniciam um processo de assentamento naquela região formando clãs.
Para entender a história da Grécia antiga caracterizamos como:
· Período pré-homérico (1900-1100 a. C): Foi a época de desenvolvimento cretense e minóica.
· Período homérico (1100-700 a. C): A história desse período é baseada a partir dos escritos do poeta grego Homero, autor das obras Ilíada e a Odisséia
· Período de obscuridade (1150-800 a.C.): Um período perdido na história pela falta da utilização da escrita.
· Período arcaico (800-500 a.C.): Surge o conceito de Polis grega.
· Período clássico (500-338 a.C.): Alta do Império Grego, destacando as cidades estados de Esparta e Atenas. Período marcado por dezenas de guerras internas (Guerra do Peloponeso) e externas (guerras médicas).
· Período helenístico (338-146 a.C.): Período de grande expansão por parte da macedônia fazendo fundir a cultura grega com outras culturas orientais.
As principais cidades estadas gregas eram Atenas e Esparta. E vale lembrar que no legado grego estão presentes Artes, Filosofia e Literatura.

Agora falemos um pouco de Roma, a historia de sua fundação tem duas versões. A lendária (da loba) e a real. Com uma economia baseada na agricultura e na pecuária, a monarquia romana foi fundada por volta de 753 a. C, onde o rei era escolhido.

A sociedade romana divida-se em três classes:

· Patrícios: Classe formada pelos grandes proprietários de terra que detinham as atividades comerciais e pertenciam a aristocracia.
· Clientes: Classe prestadora de serviço e dependente dos patrícios.
· Plebeus: Pequenos comerciantes, artesãos, trabalhadores braçais; interessante frisar que o conceito de cidadão na Roma antiga se limitava aos homens nascidos em solo romanos, mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos. 
Com a queda do regime monárquico, o poder começa a se democratizar, para uma melhor administração foram criadas assembléias e magistraturas que desempenhavam papeis fundamentais em Roma, junto com o senado. Essa magistratura já estudada em classe se dividia em consul, pretor, questor, censor, entre outros. Estão lembrados?

Agora saindo um pouco dessa área de governo e política romana, vamos falar sobre o Teatro Romano. Os romanos tinham uma de influência etrusca, representações religiosas de caráter sério ou satírico.
· Fescenini - era uma espécie de "desafio entre camponeses, que, por ocasião da colheita, trocavam, em versos satúrnicos, gracejos pesados e zombarias de mau gosto.
· A Attelanae - (de origem itálica, principalmente osco) consistiam de um argumento principal, onde eram representados, em geral, tipos característicos como o velho ridículo, o bobo, o tagarela, o corcunda, o sábio, etc.
· A Satura Dramática - Eram diálogos de caráter religioso e satírico com a Fescenine, todavia com o acráscimo do canto e da dança.
E por fim... Sincretismo greco-romano: Com as transformações sofridas através do tempo,as divindades gregas perpetuaram suas características na cultura Romana, porém com outros nomes.

Tabela retirada de pesquisas, as mesmas que foram base desse texto.

E agora um pouco mais sobre a cultura Grego-Romana.












domingo, 13 de abril de 2014

Escravidão na Antiguidade Clássica


A escravidão foi organizada de diferentes formas durante a Antiguidade.

“A escravidão é um tipo de relação de trabalho que existia há muito tempo na história da humanidade. Já na Antiguidade, o código de Hamurábi, conjunto de leis escritas da civilização babilônica, apresentava itens discutindo a relação entre os escravos e seus senhores. Não se restringindo aos babilônios, a escravidão também foi utilizada entre os egípcios, assírios, hebreus, gregos e romanos. Dessa forma, podemos perceber que se trata de um fenômeno histórico extenso e diverso.” Diz Rainer Souza, mestre em história.
Em Atenas, boa parte dos escravos era originária de regiões da Ásia Menor e Trácia. Em geral, era ganho por meio de guerras contra diversos povos de origem estrangeira. Os traficantes realizavam a compra dos inimigos capturados e logo tratavam de oferecê-los em algum lucrativo ponto comercial. Mesmo ocupando uma posição social desprivilegiada, os escravos tinham diferentes posições dentro da sociedade ateniense.
Alguns escravos eram utilizados para formar  policiais da cidade de Atenas. Outros eram  empregados em atividades artesanais e, por conta de suas habilidades técnicas, tinham uma posição social de destaque. Em certos casos, um escravo poderia ter uma fonte de renda própria e um dia poderia vir a comprar a sua própria liberdade. Em geral, os escravos que trabalhavam nos campos e nas minas tinham condições de vida piores se comparadas às dos escravos urbanos e domésticos.
A escravidão ateniense não era marcada por nenhuma espécie de distinção com relação aos postos de trabalho a serem ocupados. O uso de escravos tinha até mesmo uma grande importância social ao conceder mais tempo para que os homens livres tivessem tempo para participar das assembleias, dos debates políticos, filosofar e produzir obras de arte. Conforme algumas pesquisas, a classe de escravos em Atenas chegou a compor cerca de um terço da população no Período Clássico.
No caso da cidade-estado de Esparta, a escravidão tinha uma organização distinta. Os escravos, ali chamados de hilotas, eram conseguidos por meio das vitórias militares empreendidas pelas tropas espartanas. Não dando grande importância às práticas comerciais, por causa de sua cultura, a escravidão não articulava um comércio de seres humanos no interior desta sociedade. Os escravos eram de propriedade do Estado e ninguém poderia ser considerado proprietário de um determinado escravo.
O Império Romano foi uma das sociedades antigas onde a utilização da mão-de-obra escrava teve sua mais significativa importância. Em geral, os escravos trabalhavam nas propriedades dos patrícios, grupo social romano que detinha o controle da maior parte das terras do império. Assim como em Atenas, o escravo romano também poderia exercer diferentes funções ou adquirir a sua própria liberdade. A única restrição jurídica contra um ex-escravo impedia-o de exercer qualquer cargo público.
No primeiro século as relações entre o escravo e o seu senhor começaram a sofrer algumas alterações impostas pelo governo romano. Uma das obrigações essenciais do senhor consistia em dar uma boa alimentação ao seu escravo e mantê-lo bem vestido. No século I, os senhores foram proibidos de castigar seus escravos até a morte e, caso o fizessem, poderiam ser julgados por assassinato. Além disso, um senhor poderia dar parte de suas terras a um escravo ou libertá-lo sem nenhuma prévia indenização.
Essas medidas em favor dos escravos podem ser vistas como uma consequência imediata a uma rebelião de escravos, liderada por Espártaco, que aconteceu em Roma no ano   73 a.C e 71 a.C. Nos séculos posteriores, as invasões bárbaras e a redução dos postos militares fizeram com que o escravismo perdesse sua força dentro da sociedade romana. Com a ascensão da sociedade feudal, a escravidão perdeu sua predominância dando lugar para as relações servis.

Fontes: http://www.suapesquisa.com/quemfoi/espartaco.htm
http://www.mundoeducacao.com/historiageral/escravidao-na-antiguidade-classica.htm

Feito por: Kaique Galindo, Lívia Andrade, Lorena Ribeiro, Lucas Senson, Nathan Coutinho, Raquel Rocha, Washington Lavor e Izabella Lopes. 

quinta-feira, 10 de abril de 2014


Sob a orientação da professora de história, Tammy Lucena, fomos o grupo encarregado de explanar sobre o papel da mulher na antiguidade clássica e atual. Nosso grupo, formado por Beatriz Oliveira, Gustavo Lei, Igor Martins, Leonardo Hiey, Lucas Andrade, Nathália Vargas, Pedro Del Greco e Thamires Braga, dividiu as tarefas e todos obtiveram participação do mesmo.
Esperamos que nosso trabalho sirva de ajuda ou para o aprimoramento de quem o consultar. Boa leitura!

O assunto mulher sempre foi polêmico. Cheio de lembranças, histórias e atitudes que vez por outra insistem em permanecer.
A sociedade antiga foi imposta por profundo machismo. Tanto que podemos comparar, talvez, a mulher como um escravo da antiguidade.

Pouco embora o mundo vivenciou um período rigorosamente voltado ao homem, e oprimindo a mulher, isso nem sempre foi assim. Na sociedade grega primitiva, a mulher era extremamente venerada.
Ao passo que o homem se entregava à caça, a mulher não só educava as crianças, esses "rebentos" do homem, de crescimento tão lento, como domesticava os animais selvagens, recolhia as ervas salubres, velava pelas preciosas reservas do lar. Em contato estreito com a vida da natureza, era ela que detinha os primeiros segredos que lhe eram arrancados, ela também que fixava os tabus que a tribo devia respeitar para viver.

 Tudo isto anteriormente mesmo à instalação do povo grego na região que tomou o seu nome. A mulher, no casal, tinha a igualdade e mesmo a primazia. Aliás, nem sequer se pode falar de casal: não havia então casamento monogâmico, mas uniões sucessivas e temporárias, nas quais era a mulher que escolhia aquele que lhe daria um filho.

Quando os Gregos invadiram, em vagas, o sul da península dos Balcãs e a costa asiática do Egeu, encontraram populações que viviam, na maior parte, sob o regime do matriarcado. O chefe de família era a mãe - amater familias - e os parentes contavam-se segundo a linha feminina. As maiores divindades eram divindades femininas, que presidiam a fecundidade.

 Os Gregos adotaram duas delas, pelo menos: a Grande Mãe, ou Cibele, e Demeter, cujo nome significa Terra Mãe ou Mãe das Searas. A importância do culto destas duas deusas, na época clássica, lembra a preeminência da mulher na sociedade grega primitiva.
A literatura grega conserva um grande número de lendas em que a mulher é pintada com as mais belas cores. Sobretudo a literatura mais antiga. Andromaca e Hecuba na Ilíada, Penélope na Odisseia,

Tudo é diferente na democracia ateniense e, de um modo geral, na região jônica. É verdade que a literatura guarda a imagem de belas figuras femininas, mas os cidadãos atenienses só aplaudem Antígona e Ifigênia no teatro. A literatura começa a apresentar uma imagem deformada da mulher.
O poeta Simonides de Amorgos que, num poema tristemente celebre, injuria grosseiramente as mulheres, a quem classifica pedantemente em dez categorias, usando de comparações animais e outras.

"Há a mulher que vem da porca: Tudo é desordem na sua casa, tudo rola de mistura no chiqueiro, ela própria não se lava, traz as roupas sujas e, sentada no seu próprio esterco, engorda" Há a mulher-raposa, toda manigâncias, a mulher tagarela e coscuvilheira que, filha da cadela, ladra sem parar e a quem o marido não pode fazer calar, mesmo partindo-lhe os dentes a pedrada. Há a mulher preguiçosa, tão lenta a mexer-se como a terra donde provém; e a filha da água, leviana e caprichosa, ora furiosa e arrebatada, ora meiga e risonha como o mar num dia de Verão. A mulher-burra, teimosa, glutona e debochada; a mulher-doninha, maligna e ladra. Há a mulher-egua: demasiado orgulhosa para sujeitar-se a qualquer trabalho, recusa-se a deitar às varreduras para fora de casa; vaidosa da sua beleza, banha-se duas ou três vezes por dia, inunda-se de perfumes, enfia flores nos cabelos, admirável espetáculo para os outras homens, flagelo para o seu marido. Há a mulher-macaca, de fealdade tão repelente que temos de lamentar ,o desgraçado marido que a aperta nos seus braços".

Esta poesia, brutalmente anti-feminina, reflete a mudança profunda que, dos tempos primitivos aos séculos históricos, se realizou na condição da mulher.

O casamento monogâmico foi instituído posteriormente e, ao instalar-se, não favoreceu a mulher. O homem é agora o senhor. A mulher nunca escolheu e a maior parte das vezes não viu sequer nunca o futuro marido. O homem casa-se apenas para a procriação de filhos legítimos. O casamento de amor não existe. 
 O casamento é um contrato que obriga apenas uma das partes. O marido pode repudiar a mulher e ficar com os filhos, sem outra formalidade senão uma declaração perante testemunhas, com a condição de restituir o dote ou de pagar os respectivos juros. O divórcio pedido pela mulher muito raramente resulta, e só em virtude de uma decisão judicial motivada por sevicias graves ou infidelidade notória.

A condição da mulher é, pois, na sociedade antiga, uma chaga tão grave como a escravatura. A mulher excluída da vida cívica invoca, como o escravo, uma sociedade, uma civilização que lhe restitua a igualdade dos direitos com o outro sexo, que lhe restitua a sua dignidade e a sua humanidade.

E eis também porque foi entre as mulheres - já o disse -, tanto como entre os escravos, que o cristianismo se espalhou. Mas as promessas do cristianismo primitivo - promessas de libertação da mulher e do escravo - só imperfeitamente foram cumpridas. 

Já na atualidade, a mulher adquiriu alguns direitos, os quais foram permitidos após inúmeras e incontáveis discussões através dos anos.

A partir de 1932, as mulheres brasileiras puderam votar efetivamente, mesmo a Proclamação da República tendo sido proclamada em 1889. Contudo, como até mesmo a sociologia analisa, as mulheres eram vistas somente como donas de casa, que tinham obrigações no lar, e ainda hoje, mesmo com muitas inseridas no mercado de trabalho, ainda há um certo prejulgamento de que além do trabalho fora de casa, os afazeres internos, como também a educação de seus filhos, é de obrigação feminina.

Dentro do mercado de trabalho, ainda há diferença no piso salarial, mesmo que pessoas do sexo feminino e masculino ocupem o mesmo cargo, algo que muito gera discussão, afinal, todos merecem ter voz e igualdade.

E cada vez mais, a mulher conquista seu espaço na sociedade, pois com as novas tecnologias, o trabalho braçal já não é uma desculpa para os homens permanecerem no poder, ocupando-se a mulher de cargos que exigem mais intelectualidade do que força.

A grande questão é: as mulheres do século XXI devem, cada vez mais exigirem seus direitos e irem atrás de uma justa posição social, porque, já adquiriram grandes vitórias, porém ainda se tem muito a fazer. Só não pode-se deixar o sistema onde uma pouca maioria tem poder vir á tona, pois um lugar onde todos tem opinião, é muito melhor de se viver.

Fontes utilizadas:

http://www.historia.templodeapolo.net/
http://www.brasilescola.com/sociologia/o-papel-mulher-na-sociedade.htm